Isso porque a produção de radicais livres em excesso pode ser considerada um exemplo de efeito indesejável do exercício. Além disso, o exercício físico induz danos no trato gastrointestinal (como distensão abdominal, eructação, náusea, vômitos, cólicas abdominais), e um sistema gastrointestinal comprometido pode favorecer a invasão de patógenos ao organismo. Isso principalmente quando o exercício é vigoroso e praticado em um ambiente quente sem treino e/ou hidratação adequados. Contudo, todo tipo de exercício pode levar a alterações no metabolismo, na distribuição e na excreção de vitaminas e minerais. Em vista disso, as necessidades de nutrientes específicos podem ser afetadas conforme as demandas fisiológicas, em resposta ao esforço.
Nesse contexto, a importância da nutrição na performance e saúde de atletas e praticantes de atividade física já se encontra suficientemente documentada na literatura. A alimentação deve levar em consideração, variáveis como a necessidade nutricional do indivíduo, de acordo com composição corporal, com o seu objetivo e com o gasto energético do esporte praticado. Do contrário, uma alimentação inadequada pode resultar em fornecimento insuficiente de nutrientes importantes relacionados ao metabolismo energético, à reparação tecidual, ao sistema antioxidante e à resposta imunológica. Além disso, alimentos contendo agentes antiinflamatórios são importantes (açafrão, gengibre, frutas vermelhas, cenoura, alho, cebola), pois a inflamação é um dos principais causadores de lesões e do desenvolvimento de doenças em atletas e praticantes de atividade física. E a hidratação também faz parte de uma nutrição adequada, já que a reposição insuficiente pode trazer conseqüências desagradáveis, entre elas a diminuição da força muscular, o aumento do risco de cãibras e a hipertermia e, conseqüentemente, a queda no desempenho.
Cassia Medeiros - Clinica Nutrivida
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